São Pedro da Aldeia é a cidade que menos sofrerá impacto na Região dos Lagos daqui a 30 anos

São Pedro da Aldeia é a 2ª cidade do Estado que menos sofrerá com as mudanças climáticas nos próximos 30 anos.
O Instituto Oswaldo Cruz divulgou um Mapa de Vulnerabilidade da População dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro Frente às Mudanças Climáticas, que mostra as cidades do estado mais vulneráveis aos impactos das mudanças do clima previstas para os próximos 30 anos. O estudo foi feito pela primeira vez em 2011, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp) e a Fiocruz-Minas.

São Pedro da Aldeia aparece em segundo lugar, atrás de Nilópolis, como a que menos sofrerá devido a baixa vulnerabilidade para três indicadores. Apesar de alguns problemas de saúde, se o clima mudar, o impacto será pequeno nessas regiões por terem uma biodiversidade e vegetação menos abundantes que outras regiões do estado. Já a capital do Estado, a cidade do Rio de Janeiro, é a cidade que mais sofrerá com as mudanças.

“O Rio está na escala 1, por ter grande vulnerabilidade da população à mudança do clima nos quesitos saúde e meio ambiente”, comentou Martha Barata, coordenadora-geral do projeto e pesquisadora em clima da Fiocruz. “No quesito social, a cidade está bem [0,18], na comparação com os demais municípios”. São Francisco de Itabapoana aparece com o pior índice de vulnerabilidade social (1) e Niterói com o melhor (0). O índice geral, no entanto, é elevado em função da maior vulnerabilidade da saúde e do ambiente (0,70).

Os indicadores municipais levaram em consideração aspectos da epidemiologia de doenças, acesso a educação, emprego e moradia e características ambientais de cada região, sob o impacto de cenários climáticos possíveis para os próximos 30 anos

Segundo a pesquisadora, o aumento do efeito estufa, do nível do mar, de chuvas mais intensas, com inundações e alagamentos, do número de casos de doenças e, consequentemente, do número de mortes deve afetar com mais intensidade o Rio de Janeiro que os demais municípios do estado, sobretudo devido à vasta biodiversidade, à proximidade da costa, às habitações em encostas e à falta de saneamento básico em boa parte das habitações.

Foram usados no estudo dados do Censo do Insituto Brasileiro de Geografica e Estatística (IBGE), o Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM), que congrega o Índice de Cenários Climáticos (ICC/RJ) e de Vulnerabilidade Geral (IVG), formados por componentes de saúde, ambientais e sociais. Em escala que varia de 0 a 1, os municípios com números mais próximos de 0 têm menor vulnerabilidade e os mais próximos de 1 são os mais vulneráveis.

Créditos ao Diário Aldeense

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