Servidores do Ministério Público entram em greve em todo o Estado

Os servidores do Ministério Público da União do Estado do Rio aderiram hoje (20) à greve por tempo indeterminado. Desde a semana passada, os postos de trabalho são mantidos com apenas 30% do efetivo para atendimentos essenciais.

Além da capital, a paralisação atinge as procuradorias de São João de Meriti, Campos, Volta Redonda, Angra dos Reis, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Resende, Macaé, São Gonçalo, Niterói, Itaperuna e São Pedro D'Aldeia. Ao todo, são cerca de 600 servidores no Estado.

A categoria reivindica reajuste salarial de, ao menos, 35,5%. De acordo com o sindicato, os funcionários não recebem reajuste desde 2006 e, desde 2009, eles tentam um acordo com o governo federal, sem avançar nas negociações.

Segundo a direção do sindicato, a falta de negociação representa "uma forma perniciosa, lenta e gradual do Executivo Federal de enfraquecer, sucatear e desmoralizar a instituição, que não se submete às pressões políticas ou de interesses privados no exercício de suas funções constitucionais, dentre elas, o combate ao crime, à corrupção, à improbidade administrativa e a defesa da correta aplicação do dinheiro público".

Policiais rodoviários federais começam a partir de ontem uma greve da categoria. De acordo com a FenaPRF (Federação Nacional da Polícia Rodoviária Federal), parte do país iniciou a paralisação a 0h de ontem, mas em alguns Estados os policiais devem parar no decorrer desta semana.

A greve da PRF se soma a outros órgãos do funcionalismo, como a Polícia Federal, a Receita Federal, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e os professores e técnicos-administrativos das universidades federais.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu na última quinta-feira proibir as operações-padrão em aeroportos e estradas federais. No último dia 9, policiais rodoviários federais intensificaram a fiscalização nas estradas, provocando congestionamentos.

O movimento grevista dos servidores públicos afeta, em potencial, mais de 60% do quadro de trabalhadores do Poder Executivo federal. Ainda que a adesão não seja total, as carreiras mais numerosas que participam da paralisação somam 354 mil funcionários, para um total de 573 mil trabalhadores em atividade na administração direta, autarquias e fundações. A Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) diz que mais de 30 categorias estão em greve.

Créditos ao Diário do Vale

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