Telecentro comunitário aldeense completa 1 ano de funcionamento

Desde a sua inauguração em novembro de 2010, o Telecentro Comunitário de São Pedro da Aldeia, situado na Biblioteca Municipal Professor Cordelino Teixeira Paulo, tem proporcionado à população aldeense a inclusão digital e social, através do acesso pleno à internet. Depois de um ano de funcionamento, a adesão popular só cresce: hoje são mais de 10 mil usuários registrados. O Telecentro é um projeto de cooperação interministerial público e gratuito, promovido pelo Ministério das Comunicações em parceria com a Prefeitura do município. Tem como objetivo incentivar a inclusão social por meio de ferramentas e tecnologias de informação e comunicação, reduzir a exclusão social e criar oportunidades aos cidadãos.

Vinícius Lavalle, diretor da Biblioteca e coordenador do Telecentro, acredita que a instalação do projeto no município só trouxe benefícios para a comunidade. “Com o apoio da Prefeitura e sob orientação do Prefeito Carlindo Filho, nós conseguimos trazer a inclusão popular digital para o nosso município. Possibilitamos às pessoas que não têm computador em casa ou que não têm condições de usar uma lan house, o acesso gratuito a computadores com internet. É como se fosse uma lan house pública”, disse.

Além da vantagem da gratuidade à internet, o Telecentro possibilitou a realização de outras atividades, como cursos de informática e treinamentos. Um dos projetos sediados pelo centro foi o NTM (Núcleo Tecnológico Municipal), promovido pela Secretaria de Educação, com o intuito de dar suporte técnico-pedagógico aos professores da rede municipal para que eles possam preparar suas aulas utilizando a informática como ferramenta educacional. Outro curso que aproveitou o espaço foi o treinamento para funcionários da Secretaria de Fazenda, com diversas orientações como a emissão de notas fiscais eletrônicas.

Lavalle explicou ainda que, para manter organizado e limpo um centro comunitário, é preciso adotar algumas práticas. “Minha postura é de firmeza e controle. Dentro do Telecentro não é permitido comer ou fazer barulho. Assim como existem usuários que acessam somente as redes sociais e sites de relacionamento, há aqueles que utilizam para fins estudantis e de pesquisa. E, para isso, é preciso silêncio”, salientou. Além disso, o diretor esclareceu que, por determinação do Ministério das Comunicações, o uso das redes sociais não é bloqueado. “A política do Telecentro é permissiva. Se queremos garantir a inclusão digital, não podemos impedir o acesso a estes sites. Mas é claro que existe o controle a certa distância. Tudo o que o usuário acessa fica registrado no histórico”, disse.
Vale destacar que, para gerir o Telecentro, Lavalle participou de um curso específico de capacitação de gestores de telecentros comunitários, realizado nos dias 17 a 19 de agosto, na cidade de Campos dos Goytacazes, com a participação de outros nove municípios. O curso teve como objetivo instruir e capacitar os gestores municipais no campo da informática, bem como na aplicação das normas administrativas de utilização, determinadas pelo Ministério das Comunicações.
Para o serviço de controle e monitoramento dos usuários, Lavalle elegeu uma pessoa responsável. “Nós contamos com uma funcionária da Biblioteca, a Géssica Victer, que é formada em informática e realiza este trabalho de auxílio aos usuários. Ela também é responsável pelo monitoramento e limpeza do local. Mesmo uma pessoa que tenha dificuldade ou não esteja familiarizada com essas tecnologias, aqui tem todo o apoio e instrução”, comentou.

Os perfis dos usuários são os mais diversos. Segundo Lavalle, o Telecentro é freqüentado tanto por crianças quanto por idosos e até deficientes visuais. A estudante do ensino médio, Angélica Souza, é usuária desde o início da instalação do Telecentro e disse que aprova os serviços oferecidos. “Na maioria das vezes eu venho sozinha, mas sempre encontro meus amigos da escola. A gente sempre vem fazer pesquisas, ver e-mails e acessar nossas redes sociais, principalmente o Facebook e MSN. E não temos que pagar nada por isso”, completou a jovem.

Atualmente, o estabelecimento conta com 10 computadores interligados através de um ponto de conexão de internet banda larga via rádio. Desse total, duas máquinas são destinadas aos deficientes visuais. Cabe ao Ministério das Comunicações a reposição de todos os computadores ao final de três anos. Todos os equipamentos foram fornecidos pelo governo federal, incluindo as cadeiras e mesas.

Os computadores são da marca Positivo Informática, responsável pelos hardwares. A empresa mineira International Syst é a responsável pelo software Metasys, baseado no sistema operacional Linux. O Metasys oferece cerca de cem programas diferentes, incluindo os de escritório, como editor de texto, planilhas, editor de vídeo e multimídia. O software ainda permite aplicativos compatíveis com Windows, utilização de comunicadores como o MSN e Skype, além de mais de 30 jogos. Também é possível fazer download de arquivos.

A Biblioteca fica aberta das 08:30h às 17h, inclusive no horário de almoço. Para utilizar os serviços do Telecentro é necessário levar um documento de identidade. No caso de estudante, somente a carteirinha escolar basta. O cadastro do login e da senha é feito na hora. O tempo disponível para cada usuário varia de acordo com a fila de espera, mas o padrão estabelecido é de 45 minutos renováveis duas vezes ao dia.

Para o próximo ano, Lavalle declarou que pretende aumentar a velocidade da internet e, se possível, aumentar o espaço do Telecentro. “Nossa intenção é sempre melhorar, mas isso varia de acordo com a capacidade da Biblioteca e dos recursos disponíveis”, finalizou. A Biblioteca Municipal está localizada na rua João Martins, 149, no centro de São Pedro da Aldeia.

Créditos à PMSPA.

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